Eu não morava no Maranhão em 2006, quando o legítimo governador foi eleito, e fiquei surpresa com tamanha conquista. Enfim, a democracia havia suplantado a oligarquia. Uma verdadeira revolução para o nosso Estado. Óbvio que “eles” não iriam deixar barato uma derrota estupenda como essa.
Será que o povo já esqueceu que, em 2002, a novíssima governadora (ou usurpadora?) foi impedida de concorrer à Presidência da República devido ao escândalo do “Caso Lunus”, onde ela e seu comparsa receberam inocentes “doações para a campanha eleitoral”? Na época, a notícia estampava os principais jornais do país. Claro que o Dono do Mar deu um jeitinho de apagar o incêndio, com águas de obscuras profundezas.
Então, quem são os imaculados que acusaram o governador eleito pelo povo de “abuso de poder”? Quem mais usa e abusa do poder do que o tirano-mor e sua cria, a ditadora rosa-choque? Após a páscoa, sobrou para os maranhenses, cristãos ou não, a ressurreição da profaníssima trindade: pai, filha e espírito de porco.
Falando em páscoa, cabe lembrar que a campanha da fraternidade deste ano tem como tema Fraternidade e Segurança Pública, e lema “A Paz é Fruto da Justiça”. Que paz será possível então para nós, peixes fora d’água no enlameado Mar do Dono? Como falar em segurança num lugar onde a polícia só engoma a farda e monta em sua imponente cavalaria para proteger o palácio e sua corte? Que fraternidade onde vinganças pessoais se sobrepõem à vontade do povo?
Antes que alguma voz se levante, considero tacanho defender interesses particulares em meio a tamanho desrespeito à verdadeira democracia.
Não defendo ninguém, uma vez que não sou advogada. Como cidadã que acredita e espera por uma nação mais viável, defendo que se faça justiça (cedo ou tarde), palavra pouco conhecida no corrompido dialeto político do nosso país. Até lá, os que merecem a pena máxima continuarão arbitrando por aí.
E já que a ditadora rosa-choque se apropriou indevidamente das rédeas deste pégaso, deixemos que ela brinque um pouquinho com o prometido e ansiado presente do seu papai. Uma hora ela cansa e vai pedir a ele um brinquedo maior.
Enquanto isso, ficamos com a nossa liberdade de expressão. Se não temos democracia, se não detemos o poder soberano, façamos valer o nosso Poder e a nossa intransferível Liberdade.
Lúcia Santos
Natanne Lira "Simplesmente seja o que você julga ser o melhor..." (Moska)